DESTINOS

Sobre

Ninguém aguenta mais aqueles programas de viagem onde uma pessoa “esperta”viaja pelo mundo dando dicas “espertas” sobre lugares “espertos”. É sempre tudo tão artificial. Não parece que essas pessoas viveram de verdade aquela situação. A sensação é que o lugar está descolado da pessoa. A viagem inesquecível é aquela que nos dá muitas histórias pra contar. Daquelas que a gente vai se empolgando e quando se dá conta está dominando a conversa na rodinha de amigos contando todos os detalhes daquela esfiha estragada que te deu uma dor de barriga no Egito ou aquele camelo no Marrocos que disparou com a sua mulher. E quando você se encontra com pessoas que já foram para o mesmo lugar e já viveram aquelas experiências, mas do jeito delas, a gente se empolga mais e mais e tudo passa a girar em torno daquele safári onde o leão matou uma zebra na sua frente e você fechou o vidro achando que ele poderia te ver ali no jipe.

Fábio Porchat

Fábio Porchat

Eu gosto de viajar. Ponto. Pra qualquer lugar, de qualquer jeito, em qualquer época. Viajar te abre os olhos, te faz perceber que o mundo é do tamanho do mundo. E que você não é o centro dele, ao contrário, você é um grão de areia. Mas que bom é ser esse grão. Conhecer gente diferente de você, comer comidas diferentes da sua, falar linguas diferentes. O diferente me atrai. Viajar me faz me enxergar de outra forma. E viajando eu me inspiro pra criar. Seja um roteiro pra cinema, seja um stand up, seja um vídeo pro Porta dos Fundos. Viajar é dar férias remuneradas para o cérebro.

Rosana Hermann

Rosana Hermann

Eu amo viajar. Viajar pra mim, pra onde for, é viver histórias que ainda não foram escritas, junto com personagens que não conhecemos.. É sair do meu papel, do controle, do conforto e voltar a ser tonta, ignorante, sem noção. É me perder e ter que perguntar, é me esforçar pra entender e me fazer compreender, é descobrir como abre a torneira ou do que é feito aquele doce. O viajante quando chega em um lugar, é o sapo de fora, o que presta atenção e respeita o desconhecido. Viajar pra qualquer cantinho, logo ali ou do outro lado do mundo é um exercício de desprendimento e humildade que deixa a gente mais humano.