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Tanzânia

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Por Fábio Porchat

Antes de falar sobre a Tanzânia, vou falar algo que acho importante sobre a África e safáris em geral: cada experiência, inclusive no mesmo local, será sempre diferente devido à dinâmica dos bichos. E a sorte tem muito a ver com isso, pois você pode pegar dias mais calmos ou dias em que você vê de tudo um pouco. E esse é o encanto do safári, pois há sempre algo inédito e surpreendente para se ver. Considero que não tive sorte na Tanzânia, mas por uma escolha minha. Decidi ir direto após visitar o Quênia, o que acabou me dando uma sensação de mais do mesmo. Mas, como disse, isso tem muito mais a ver com meu roteiro do que com as atrações que a Tanzânia tem para oferecer. Outra coisa que me marcou foi que, por alguma razão, achei o pessoal na Tanzânia menos animado e disposto que no Quênia. Não sei direito o que foi, mas fiquei com essa impressão.

Uma coisa que valeu de ter feito o trajeto via Quênia foi voar perto do Monte Kilimanjaro, com aquela vista incrível. Chegando na Tanzânia, fui direto para a reserva chamada Ngorongoro, um vulcão inativo onde uma porção de bichos vive na cratera que se tornou uma selva. É bem bonito e vale a pena pelo visual e lugar mais diferente. De resto, se assemelha com os outros safáris. Existe um hotel no alto da cratera, mas não recomendo passar uma noite por lá. Acho que vale a pena ir, conhecer pela peculiaridade e beleza e já partir pra próxima. É meio frustrante como safári, pois você vê tudo de longe e por uns caminhos já determinados. O que compensa mesmo é o visual.

Minha próxima parada foi no Parque Nacional do Seringueti, onde mais de 3 milhões de bichos vivem. Fui para lá bem na época da grande migração. E se eu pensava que tinha visto bastante bicho no Quênia… ao chegar na Tanzânia foi uma coisa de outra dimensão. É um espetáculo lindo e incrível e umas das coisas mais impressionantes que já vi. É a maior migração terrestre do planeta. Uma dica é tentar ir entre fevereiro e março pois é quando os animais herbívoros têm filhotes e são inúmeras caçadas. Vale lembrar que a Tanzânia foi o cenário que os artistas da Disney usaram para criar o filme “Rei Leão” e o Seringueti foi a principal referência deles.

Um passeio que fiz e não gostei muito é o Parque Nacional do Tarangire. Aliás, isso é uma dica pessoal minha e que recomendo – sempre que for para a África se atire no meio do mato e vá para um safári. A experiência é mais completa, legal e recompensadora que um parque nacional, onde as coisas ficam mais “paradonas”.

Não fui para costa, Zanzibar, que dizem ser muito bonita e é um local procurado para viagens de casal. Tem um hotel com quarto debaixo d’água. Me arrependo de não ter ido para me jogar em um dos resorts banhado pelo oceano Índico e relaxar de bobeira na praia.

Apesar de eu ter comprometido minha própria experiência ao ter ido antes para o Quênia, a Tanzânia é um país que vale sua visita por seus safáris como um complemento a outro destino ou para presenciar o espetáculo único que é a migração do Seringueti. Não canso de falar que foi uma experiência bem arrebatadora ver aquela quantidade de vida selvagem em seu estado natural.

DICAS

  • A moeda lá é o Xelim tanzaniano.
  • A língua lá é o suaíli, mas é possível se comunicar em um inglês básico.
  • O clima lá é muito variado devido ao terreno e topografia do país. Mas o período mais quente vai de novembro a fevereiro. O mais frio vai de maio a agosto. Há um período de chuvas entre outubro e maio. O centro do país é árido e um deserto, e o restante, mais úmido e tropical.
  • Brasileiros precisam de visto para visitar o país. O visto dura até 90 dias e pode ser retirado em um dos pontos de entradas do país. É cobrada uma taxa de R$120 para uma entrada única no país ou R$240 para até 3 entradas em um período de 1 ano. Mais informações no site da embaixada.
  • É necessário ter uma página em branco para o carimbo de entrada. Ideal é que o passaporte esteja válido por, no mínimo, 6 meses.
  • É exigido o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela.
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